sábado, 18 de outubro de 2008

"Ser e Ter" - A prova que a heterogeneidade funciona!

Grande Documentário...

Regresso ao passado...
Lembram-se meninas da E.S.E. Lx.?!

Olhem só o que encontrei no escritório cá de casa, uma pasta portfólio de trabalhos de grandes dimensões, e no meio de cartazes e grandes cenários que viram o estrelato de grandes universitárias eis que encontro o poster do meu grande JOJO!!!!

Aqui fica a minha crítica a jeito de sinopse para os que querem recordar e para os que querem conhecer!!! Muito bom....descubram-no porque é uma delicia!
  • Numa escola primária na região de Auvergne em França, Georges Lopez é professor de uma turma de treze crianças, com idades compreendidas entre os 4 e os 10 anos. Lopez ensina três grupos de diferentes idades em lições separadas, certificando-se sempre de que eles entendem as tarefas que lhes são pedidas – quer seja para pintarem um desenho, aprenderem matemática, iniciarem a leitura, construírem uma obra de arte ou mesmo a fazerem crepes. Lopez, um educador veterano à beira da reforma, é um modelo de sensibilidade e compreensão a lidar com crianças. Nunca levantando a sua voz e falando directamente com eles, o seu afecto é tão notório como o respeito e a confiança que as crianças têm por ele.
  • O brilho do documentário está nas expressões das crianças, filmadas com intimismo e autenticidade perante as suas inquietações. O pequeno notável Jojo, de 4 anos, encanta pela inocência e curiosidade. Distraído com os deveres da classe, o encantador menino desobedece algumas regras impostas por Lopez e ainda participa de uma cena cativante com Marie, quando ambos tentam tirar fotocópias e acabam por estragar a máquina da escola. São momentos únicos, que retratam um pouco a nossa infância no presente, sem fazer apologias à escola como futuro promissor. Neste documentário pouco importa saber que modelo pedagógico está por trás do ensino do professor, mas sim evidenciar que tipo de relações humanas são construídas dentro da instituição.
  • Mesmo com a interferência inevitável da câmera, o documentário lampeja instantes reais. Não se trata de expor um ''filme-tese'' sobre a educação. O documentário nem procura ser tão pretensioso assim. Ser e Ter compila fragmentos poéticos do relacionamento entre o adulto e a criança. O cineasta Nicholas Philibert prefere ser menos hermético e mais sensível ao simples. Ele força o espectador a observar os pequenos detalhes que fazem a diferença.

  • (Com base no resumo do filme e na crítica feita por cinema 2000 - SER E TER: Être et Avoir, de Nicholas Philibert, FRA, 2002)

1 comentário:

Ana Cristina Kolb disse...

Lindo documentario! Como vc bem descreveu: uma poesia! Obrigada por partilhar!